terça-feira, 6 de abril de 2010

Precursores Sísmicos

Os indicadores mais valiosos na previsão de sismos, na atualidade, baseiam-se na análise de registros sismográficos de pequenos terremotos ou de explosões provocadas pelo homem (tal como nas pedreiras). Os sismólogos há muito diferenciam dois tipos de sinais na propagação das ondas sísmicas pela crosta da terra. Uma espécie é chamada de onda P. Propaga-se por compressão da rocha na direção em que a onda se move. A outra, chamada de onda S, se propaga pela compressão transversal, perpendicular à direção da onda. As ondas P se propagam mais rápido pela rocha do que as ondas S, e assim aparecem primeiro no sismógrafo.

Em 1971, os cientistas soviéticos relataram que tinham descoberto que as ondas P se desaceleram por algum tempo antes de um grande terremoto. A velocidade é reduzida a partir de algumas semanas ou meses de antecedência, mas subitamente retorna ao normal apenas algumas horas ou alguns dias antes do sismo. Remontando a seus registros passados, os cientistas dos Estados Unidos comprovaram tal observação. Com efeito, verificaram que tinha havido redução da velocidade das ondas P três anos e meio antes do terremoto destrutivo de San Fernando, Califórnia, em 1971. Este fenômeno foi a base para se prever com bom êxito o tremor em Riverside, em 1974.

Nas regiões sismicamente ativas, ocorrem, de forma usual, pequenos terremotos freqüentes, com 3 ou 4 graus de magnitude — tão pequenos que não são observáveis, sem instrumentos. Verificou-se que estes pequenos tremores podem parar, resultando num período calmo de alguns meses, e, então, reiniciarem-se pouco antes dum grande terremoto. Por isso, pela cuidadosa monitorização dos gráficos dos sismógrafos instalados através duma região sob observação, os cientistas podem conseguir um alerta inicial, bem como um sinal urgente dum terremoto destrutivo.

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